Notícia
23 SETCOMENTADOR DO TRABALHO 1 DA REUNIÃO CIENTÍFICA DA SBACV-SP - 25/SET/2014
TRATAMENTO ENDOVASCULAR DAS DOENÇAS DA AORTA TORÁCICA: ANÁLISE DOS RESULTADOS DE UM CENTRO
Autores: Patrick Bastos Metzger, Fábio Henrique Rossi, Bruno Lourenção de Almeida, Camila Baumann Betelli, Samuel Martins Moreira, Antonio Massamitsu Kambara, Nilo Mitsuru Izukawa.
Instituição: Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia - São Paulo
Introdução: A terapia endovascular das doenças da aórtica torácica vêm apresentando notável avanço técnico e tecnológico, e atualmente pode ser considerada o tratamento de eleição para o reparo dessas afecções ao mostrar melhores taxas de morbimortalidade precoce, quando comparadas com a cirurgia aberta.
Objetivo: Analisar os resultados do tratamento de uma série consecutiva de pacientes submetidos ao tratamento endovascular de doenças da aorta. Foram observados: o sucesso terapêutico, a morbimortalidade, a taxa de complicações peri-operatórias e de reintervenções.
Materiais e métodos: Estudo retrospectivo, realizado em um centro de referência, no período de janeiro de 2010 a julho de 2011, em que foram analisados os pacientes submetidos à correção endovasuclar de doenças da aorta torácica. A população foi dividida em 2 grupos: Grupo 1(G1) – AAT verdadeiros, úlcera aórtica e pseudoaneurisma; Grupo 2(G2) – dissecção aórtica tipo B crônica.
Resultados: Em um total de 55 pacientes tratados, 29 pertenciam ao G1, e 26 ao G2. As idades médias foram de 66,8± 10 e 56,4± 7 anos, respectivamente. O sexo masculino esteve presente em 69% no G1 e 61,5% no G2. Os sucessos técnico e terapêutico foram de 86,3% e 68,6% no G1 e de 100% e 74% no G2. A mortalidade peri-operatória foi de 10,3% no G1 e de 7,6% no G2, com uma taxa de mortalidade anual de 10,3% no G1 e de 19,3% no G2. As taxas de reintervenções foram de 10,3% e 15,3% respectivamente.
Conclusão: Em nosso estudo, o tratamento endovascular das doenças da aorta torácica demonstrou ser um método viável e associado a aceitáveis taxas de complicações peri-operatórias. As taxas de sucesso terapêutico e de reintervenções obtidas, demonstram a necessidade do seguimento clínico rigoroso e atento desses pacientes.
Comentador: Guilherme Vieira Meirelles